Neste mês de março o site Butantã TKD estreia sua página de entrevistas. A ideia é realizar uma entrevista mensal não apenas com figuras expoentes de taekwondo nacional e internacional, mas também com pessoas comuns que estejam envolvidas com o taekwondo e que tenham uma história interessante para contar. E ninguém melhor para inaugurar este espaço do que o patriarca da “Família Butantã”, mestre Ciro de Lima, que acaba de lançar sua biografia, escrita pelo jornalista e “cria” da Butantã, Wellington Miyazaki. Acompanhe abaixo as perguntas e respostas do grande mestre.
Entrevistado do mês: Mestre Ciro de Lima
Graduação no taekwondo: 7º DAN
Idade: 49 anos
Cargos atuais: Secretário-Geral do PTB Esporte/SP, Presidente do PTB/Butantã, Conselheiro da Liga Nacional de TKD e da Federação Paulista de Taekwondo.
Butantã TKD: Como você se sente vendo a sua biografia sendo lançada e vendo o enorme interesse das pessoas em saber um pouco mais da sua história?
Mestre Ciro: Sinto muito orgulho e fico feliz, porque vejo que despertei a curiosidade em outras pessoas sobre a minha história, a história da academia e a própria história do taekwondo.
Butantã TKD: Qual a mensagem que o livro passa?
Mestre Ciro: A verdadeira mensagem do livro é a de que todos nós podemos conquistar nossos sonhos, todos podemos voar. Basta acreditar em si mesmo e em seu potencial.
Butantã TKD: Mestre, quando começou sua carreira no TKD?
Mestre Ciro: Comecei no taekwondo há 34 anos, em fevereiro de 1979.
Butantã TKD: O que te motiva a continuar envolvido neste esporte há tantos anos?
Mestre Ciro: A certeza de que estou fazendo amigos e formando cidadãos.
Butantã TKD: Qual a sua maior satisfação no TKD, o que te deixa mais orgulhoso?
Mestre Ciro: Minha maior satisfação no TKD são os amigos que fiz e que continuo fazendo durante todos esses anos. Tenho orgulho também de saber que construí um nome sem passar por cima de ninguém e fico muito satisfeito em saber que um dia, quando Deus me levar, vou deixar além do meu filho Herbert outros tantos filhos de coração que darão sequência à Família Butantã TKD.
Butantã TKD: O que você espera que o taekwondo vá se tornar no futuro?
Mestre Ciro: Na verdade não espero, mas sim desejo algo: dirigentes menos egoístas e mais compromissados com o engrandecimento do TKD.
Butantã TKD: Se você pudesse mudar algo na sua trajetória, faria alguma coisa diferente?
Mestre Ciro: Só uma coisa: dedicaria mais tempo a minha família, porque fiquei muito ausente e quase não vi meus filhos crescerem. Hoje tento compensar essa falta dedicando meu tempo aos meus netos.
Butantã TKD: Você imaginava, quando começou no taekwondo, que teria tantos seguidores?
Mestre Ciro: Realmente não esperava. Aliás, nunca imaginei que as coisas tomasses essas proporções. Só fiz tudo com muito coração e me entregando por completo. No fundo, ainda me sinto o mesmo garoto que viu o taekwondo pela primeira vez.
Butantã TKD: Qual a importância da Família Butantã na sua vida?
Mestre Ciro: A Família Butantã pra mim é tudo. Enquanto muitos mestres dizem que têm um grupo, ou uma equipe, eu sempre digo que “tenho uma família”: a Família Butantã. Realmente é isso que eu sinto: como se cada um dos alunos e professores fossem meus filhos.
Butantã TKD: Qual seu maior objetivo profissional atual?
Mestre Ciro: Continuar trabalhando para que o taekwondo se torne acessível de forma gratuita para mais e mais pessoas, como temos feito na Vila Olímpica Mário Covas, que é uma extensão da Família.
Butantã TKD: Qual você acha, ou qual você quer que seja seu maior legado?
Mestre Ciro: Meu maior legado é a minha querida Família Butantã.
Butantã TKD: Deixe um recado para as novas gerações, as crianças em particular.
Mestre Ciro: O recado que deixo é: acreditem em vocês mesmos. Nada é impossível e tudo depende apenas de nós. A minha história é uma prova disso. Eu acreditei e hoje tenho uma história bonita pra contar. Estarei sempre ao lado de quem precisar de mim e peço apenas uma coisa: não quero nunca ser o primeiro a ser lembrado, mas sim o último a ser esquecido.
Pra finalizar, deixo um beijo no coração.
Mestre Ciro de Lima